domingo, 16 de março de 2014

como se o som te trouxesse de volta...

 
 
 


sinto que o tempo passou
E pouco ou nada mudou
Digo teu nome em voz alta
Como se o som te trouxesse  de volta

No caminho junto ao rio
Reconheço em mim a vagabunda
Sem lugar, vontade ou brio
Dona duma alma moribunda

A brisa que leva o respirar
E deixa o coração sem lugar
A corrente que arrasta o sorriso
Numa escuridão que nem dou por isso

Quando olho aquela sombra
Que o meu corpo faz ao rio
São os restos do que lembra
Do corpo agora vazio

Procuro entre as folhas do rio
Num lugar escondido e sombrio
encontrar ali perdido
A vida e o seu sentido

Se é aqui nesta nascente
Que até o rio começa
Quem sabe a minha alma doente
No teu sorriso tropeça


Nani Carvalho





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