quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Deve ser assim a tempestade...


Ponho uma pausa à volta de cada palavra,
coloco-te em todos os lugares,
protejo-te na memória
e em todos os silêncios.
Não resistirei ao amanhã,
perco-me no hoje
das noites e madrugadas.
Aceito a vida imprópria,
nem por isso me inquieto
pelas respostas ás perguntas que nunca fiz.
Alimento-me da permanência da tua voz,
da voz,
e do seu porquê desta desordem.
Nunca saberei a resposta,
convoco apenas, tudo o que me foi oferecido,
e deixo espalhado pelo tempo
 que ainda vou ter.

Nani Carvalho

in : "Fica"




 

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