e o que importa este sentir
se o silêncio
sem voz nem som que aqui chegue
a transformou em nostalgia
a transformou em nostalgia
de tanta ausência gastei o sorriso
e que beleza tem um rosto
onde a saudade do tempo e dos segredos
tirou o lugar e magia
aquele sorriso cúmplice
gastas as palavras e os sorrisos
sem saber onde tocar
abraçar
olhar
e amar
deixo a musica a tocar
para me parecer que voltas
Nani Carvalho
Fevereiro 2017
Se Tu Viesses Ver-me...
ResponderEliminarSe tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"
Gostei do que li, Nani.;)
Amo-te...um poema que pára a respiração. Fabuloso.
ResponderEliminarObrigada Tozé ;)
ResponderEliminarviaja muito
EliminarSuposto os comentários serem sobre o poema ;)
EliminarObrigada Anónimo... e quando quiser viajar,posso dar dicas
;)
Separación - Manuel Altolaguirre
ResponderEliminarMi soledad llevo dentro,
torre de ciegas ventanas.
Cuando mis brazos extiendo
abro sus puertas de entrada
y doy camino alfombrado
al que quiera visitarla.
Pintó el recuerdo los cuadros
que decoran sus estancias.
Allí mis pasadas dichas
con mi pena de hoy contrastan.
¡Qué juntos los dos estábamos!
¿Quién el cuerpo? ¿Quién el alma?
Nuestra separación última,
¡qué muerte fue tan amarga!
Ahora dentro de mí llevo
mi alta soledad delgada.