sábado, 25 de abril de 2020

Sem fôlego ...



É assim o paraíso,
as cores são as palavras
 e a beleza os sentimentos.
Há uma ponte entre dois olhares,
dois olhares que se aconchegam.
O amor toca-me a pele através do sol
como quem toca por engano à minha porta,
 é até possível que apareça um grilo
que cante e junte as sílabas que expliquem isto.
Parte,
 mas deixa-me a memória
do seu modo de ser mar e de ser ar
de ser adeus e nunca mais.
 Que me acabe esta asfixia de respirar
com o pulmão do outro.
E eu
 para falar preciso ter voz
e para ter voz é preciso ter ar...
Queria poder ter dito Adeus.




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